Cada ser humano é único no seu perfil genético que se traduz por características físicas e funcionais próprias, como a cor dos olhos e dos cabelos; ou por diferenças nas condições de saúde de cada indivíduo. Em 2003, com a conclusão do Projeto Genoma Humano, uma nova era na medicina teve início. Muitas doenças hereditárias passaram a ser diagnosticadas a partir do estudo do DNA que identifica variantes genéticas de cada indivíduo visando prevenção, diagnóstico precoce e tratamento específico e eficaz das diferentes doenças, as quais o ser humano está susceptível ao longo da vida.

A Medicina de Precisão diverge da Medicina Tradicional. Na Medicina Tradicional, a mesma medicação é prescrita para todos com uma mesma doença, porém pode não funcionar em todos. Na Medicina de Precisão, cada ser humano possui características moleculares distintas e que interferem na própria saúde, bem como na resposta ao tratamento. A não efetividade no tratamento pode agravar o quadro clínico e causar sequelas para o resto da vida.

Nas situações em que não existem tratamentos eficazes e específicos até o momento, medidas preventivas nos hábitos de vida podem postergar ou minimizar as manifestações clínicas de possíveis variações genéticas que aumentam o risco em desenvolver algumas doenças.  

Na Medicina de Precisão, cada individuo é tratado como SINGULAR, único, porque mesmo tendo uma doença comum, como diabetes ou hipertensão arterial sistêmica, o tratamento tem que ser individualizado de acordo com as características genéticas, bioquímicas de cada um. Acredita-se que em uma década ou menos, o perfil do DNA fará parte do prontuário médico de todas as pessoas.

Dra. Emilia K Embiruçu