Por Drª Juliana Rebouças Oliveira, pneumopediatra da Singular Medicina de Precisão.

Drª Juliana Rebouças Oliveira,   pneumopediatra   da Singular Medicina de Precisão.

Pneumopediatra da Singular Medicina de Precisão orienta a higienização e etiqueta respiratória

O aumento dos números de casos confirmados do novo coronavírus no Brasil tem feito país e professores ficarem em estado de alerta com as crianças. Com casos confirmados na Bahia e casos de óbito entre crianças, alguns municípios têm interrompido o calendário escolar e fechado escolas para evitar a proliferação do COVID19. Porém, para evitar pânico e medo, esclarecer dúvidas e abordar a importância de cuidados básicos de higiene são as melhores saídas.
Apesar dos riscos de letalidade serem maiores para idosos, os cuidados gerais necessários são os mesmos para todos e já conhecidos pela população, como higienizar bem as mãos com água e sabão com frequência e antes das refeições, após tossir, espirrar e ir ao banheiro devem virar rotina das crianças. A utilização de álcool em gel é recomendada em momentos onde não se tenha um ponto com água para realizar a higienização.
As orientações são da pneumopediatra da Singular Medicina de Precisão, Dra Juliana Oliveira, que alerta ainda para os cuidados na hora de comprar preparações alcoólicas: “É importante ser álcool a 70% efetivo e em gel para não ressacar ou queimar a pele”.
A especialista orienta também outras atitudes simples, mas que devem passar a ser rotineiras neste período. “É importante aplicar e orientar as crianças para evitar tocar os olhos, nariz ou boca após tossir ou espirrar ou após contato com superfícies, além de não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal”, acrescenta Juliana.

Etiqueta respiratória
A pneumopediatra da Singular Medicina de Precisão ressalta também que é o momento de aplicar e orientar as crianças sobre a etiqueta respiratória, que inclui gestos como tossir ou espirrar protegendo a boca e o nariz com um lenço descartável para evitar a disseminação de gotículas das secreções. “Na impossibilidade de se usar um lenço descartável, recomenda-se proteger a face junto a dobra do cotovelo ao tossir ou espirrar”, orienta Juliana.

Quando devo levar meu filho ao hospital?
O coronavírus tem sintomas semelhantes aos da gripe, como tosse, febre e dor de garganta. Por conta disso, é preciso manter a calma e avaliar os sintomas antes de levar a criança ao hospital. “Os pais devem acompanhar o quadro clínico do jovem. Se o filho estiver com febre (Temperatura > 37.8°C) por mais de 24 horas, respirando com dificuldade e sem vontade de brincar, o recomendado é levá-lo ao médico, porque é possível que ele precise de um suporte para a respiração. Caso contrário a criança com sintomas leves de tosse, espirros e febre (temperatura < 37.8°C), devem ser mantidas em casa sob os cuidados dos pais, com boa alimentação, hidratação e não devem ir à escola”, alerta a pneumopediatra.
Não é recomendado o uso indiscriminado de máscaras, que são eficazes em situações bem específicas, como nos casos de pacientes doentes. A utilização pelo infectado diminui a chance dele disseminar partículas de saliva contaminada com o vírus no ambiente em que se encontra.
“O importante é ficar atento para qualquer sintoma apresentado pela criança. Caso apresente algum, mesmo que leve, não mandar a criança para escola e manter contato com a direção da instituição escolar para se informar sobre as medidas usadas para evitar a propagação do vírus”, conclui Juliana Oliveira.